Hospitais terão recipientes para
descarte de medicamentos
Se depender a
vontade da deputada Luzia de Paula (PEN) os hospitais e demais unidades de
saúde, públicas ou privadas localizadas no Distrito Federal, serão obrigados a
disponibilizar, em suas dependências, recipientes para que a população realize
o descarte de medicamentos inservíveis. Isso é o que trata o Projeto de Lei nº
1.183/2012 apresentado pela parlamentar na Câmara Legislativa, o qual diz ainda
que tais recipientes deverão ser colocados em locais de fácil acesso, com
visualização privilegiada e sinalizados por meio de placas ou cartazes
indicativos.
Como
medida de proteção ao meio ambiente e à saúde pública, a proposta prevê que o
GDF deverá promover campanhas de cunho educativo, ressaltando a necessidade do
descarte correto dos medicamentos, devendo também veicular informações, nos
sítios da Secretaria de Meio Ambiente e da Secretaria de Saúde, sobre os
modelos de placas e cartazes a serem afixados nos hospitais e nas outras
unidades de saúde, os modelos de recipientes destinados ao armazenamento do
material descartado e a necessidade dessa medida como minimizadora de poluição
ao meio ambiente e de proteção à saúde.
Em
Brasília não existe dados acerca do descarte de medicamentos inservíveis,
diferente de São Paulo onde estima-se que 20% dos medicamentos adquiridos são
descartados de forma inadequada no ambiente doméstico. Pesquisa feita pelas
Faculdades Oswaldo Cruz revela que de 1.009 pessoas entrevistadas naquele
Estado, 7% já haviam recebido alguma orientação sobre descarte de medicamentos
vencidos. Já 75,32% descartam a medicação no lixo doméstico e 6,34% os jogam na
pia ou no vaso sanitário. E mais, 92,5% nunca perguntaram sobre a forma correta
de fazê-lo.
Segundo
a deputada Luzia de Paula, o descarte incorreto de medicamentos pela população
gera altos riscos de contaminação ao meio ambiente e potencial lesividade à
saúde pública. Levando-se em consideração que a maioria dos pacientes faz
aquisição de remédios em número superior à necessidade do tratamento, o
descarte dos produtos excedentes ou com prazo de validade vencido acaba
ocorrendo de forma irregular.
“Grande parcela da
população não tem conhecimento dos riscos gerados a partir do descarte
irregular dos medicamentos e, mesmo que tenha, não dispõe de locais apropriados
para fazê-lo. Portanto, a realização de campanhas educativas e a
disponibilização em Hospitais e demais unidades de saúde de recipientes para
depositar remédios inservíveis é de grande importância”, afirma a
parlamentar em defesa da sua proposta.
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